sábado, 31 de dezembro de 2011

Depois que aprendi a ser feliz, tudo ficou mais fácil.

2011 foi o melhor ano da minha vida. E olha que eu já tinha dito isso no final de 2009 e no final de 2010. Acredito que depois que eu aprendi a ser feliz, peguei o jeito.

Depois que eu entendi que os problemas e sofrimentos fazem parte da vida e são até importantes para nos fortalecer, eu até me permito ficar triste um ou dois dias. Mais do que isso é muito tempo. Ficar triste é um direito natural de todos nós. Bem como tantas outras coisas boas e ruins.

Aprendi a não deixar sentimentos para resolver depois. Também tenho prazo estabelecido para perdoar e pedir perdão. Quanto mais rápido conseguir, mais rápido tudo volta ao normal.

Aprendi a lidar melhor com meus defeitos, entendendo que não consigo mudá-los de um dia pro outro. Sendo assim, muita calma nesta hora.

E no mais, quanta experiência maravilhosa!






Foi amor à primeira vista!





Que venha 2012 com seus grandes desafios.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Eu quero meu centavo de volta!!


Não consigo entender a dinâmica das promoções que sugerem preços quebrados, quando são feitas por empresas que não se preparam para dar o troco corretamente. Me parece óbvio pelas leis do varejo, que um produto que custa R$ 5,00 atraia mais clientes se anunciado por R$ 4,99. A questão é que o centavo de troco praticamente nunca é dado. E assim, para consumidores como eu, a ação está perdida. Meu pensamento é: se me roubam pouco, também podem me roubar muito.

Ora, se a loja não está preparada para dar o troco, por favor, não coloque preços quebrados. O iogurte é R$ 2,87, a bolacha, R$ 1,23, mas nos caixas não existem moedas de R$ 0,01. Isso significa que sua compra, com certeza, dará um total onde a empresa vai poder te negar um troco entre R$ 0,01 e R$ 0,04 centavos.

E o mais intrigante é que não podemos comprar produtos com centavos faltando. Se alguém quiser comprar um chocolate de R$ 2,05, não pode dar uma nota de 2 reais, porque o caixa não aceita. Antigamente havia pelo menos um roubo mais cortês, nos davam balinhas. Hoje não ganhamos nada.

Para entendermos melhor que diferença fazem os meros centavos de troco que deixamos nos supermercados, tomemos essa hipótese cotidiana. Se um supermercado receber em média diariamente 1500 pessoas e um em cada dez clientes deixar dois centavos de troco que receberia com o fornecedor, em um dia, cada loja acumula três reais de trocos sonegados. Por mês, são R$ 90. Em um ano, uma única loja pode juntar R$ 1.080.

A questão está prevista em lei. A Lei nº 1.758/07 propõe que as diferenças em troco inferiores a R$ 1,00 serão pagas em favor do consumidor, quando o comerciante não puder dar o troco exato. O proposta também obriga os estabelecimentos comerciais a fixar cartazes com as regras nos locais de pagamento. A multa por descumprimento da norma varia de R$ 250,00 a R$ 500 mil. Em caso de reincidência, a punição poderá chegar ao dobro desses valores.

Mas aí eu faço a pergunta: Quem tem coragem de denunciar?

Me parece uma questão cultural do brasileiro não reivindicar seus direitos, ainda mais neste caso. Na cabeça da maioria, o valor é muito pequeno para “criar caso”. Sendo assim, fico como voz solitária a responder quando questionado: Posso ficar te devendo 1 centavo? Não, não pode!

domingo, 11 de outubro de 2009

O bom senso e o senso comum

Os termos “bom senso” e “senso comum” são quase sinônimos para muitos pensadores. Descartes, no Discurso do Método, afirma que “a capacidade de bem julgar e de distinguir o verdadeiro do falso que é propriamente o que denominamos bom senso ou razão, é naturalmente igual em todos os homens”. No entanto, vejo uma clara distinção de significado na aplicação prática dos termos.

Me desculpem os filósofos, mas, para mim, senso comum é o que se aprende “na rua” e bom senso é o que se aprende em casa. Nesta perspectiva, o senso comum pode ser construído e mesmo conduzido por ideias sugeridas pela mídia, por formadores de opinião, pela escola, enfim, pelos que têm influência sobre as massas. O bom senso, por sua vez, é transmitido de pai (e/ou mãe) para filho.

Aprendi em casa que nem tudo que é comum é normal. Quando ainda era adolescente, minha mãe sempre me dizia que não era a hora de “pegar o carro”, mesmo com a minha demorada argumentação de que todos os colegas do colégio já dirigiam. Foi por estes e outros ensinamentos que aprendi a dar o troco certo, esperar minha vez na fila, desligar o celular em reuniões, cinema, igreja, biblioteca, sala de aula... Enfim, mesmo que todos ao meu redor façam o contrário, para mim, essas regras ainda valem.

Ora, não é tão difícil entender que o telefone da empresa é pra ser usado nas necessidades do trabalho. Que a vaga destinada a portadores de necessidades especiais não pode ser ocupada senão pelos próprios. Isso vale tanto para as pequenas coisas quanto para as grandes: passagens aéreas e diárias destinadas a viagens profissionais, verba indenizatória por despesas em serviço e tantas outras situações.

Por mais que as novelas, as notícias, as propagandas e “todos ao redor” tentem nos convencer diariamente que tudo é permitido em nome da satisfação pessoal (mentir, trair, roubar e outras atrocidades), precisamos alterar esta cultura. Há de se investir muito na construção educacional e na divulgação do que realmente é de bom senso. E isto é feito não só em casa e na família, mas nas instituições sociais coletivas, como escolas e universidades. Tirando assim a incumbência de que a nossa visão daquilo que é importante seja ditada e sociabilizada no horário nobre da televisão.

Artigo publicado no Diário da Manhã no dia 30/04/09: http://www.dm.com.br/materias/show/t/o_bom_senso_e_o_senso_comum

Mais respeito com a propaganda do governo

Confesso, fiquei surpreso nos primeiros desafios enfrentados ao assumir a Diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de Goiânia.
Dentro do propósito desta nova Mesa Diretora, de dar transparência a todos os atos, fomos apresentar ao TCM o plano de comunicação da Câmara, previsto para o ano de 2009. E, mesmo com a vasta experiência como consultor de marketing, tendo trabalhado em importantes agências de Publicidade em Goiânia e Brasília, recebi uma verdadeira aula do Conselheiro Jossivani de Oliveira, que iniciou a conversa afirmando: “Quem vai melhorar a imagem da Câmara não será a propaganda, mas sim os vereadores”.
De fato ele tem razão. Contrariando a teoria de construção de conceito de marcas, neste caso, a melhor propaganda institucional é mesmo uma atuação destacada dos legisladores. Saí de lá convencido de que a melhor estratégia era pensar um projeto muito mais amplo de Comunicação Social, para repercutir o trabalho diário de cada vereador, que, acreditem, não é pouco.
Para isso, foi preciso desenvolver um estudo aprofundado com o objetivo de otimizar ao máximo os recursos. Porém, na prática, a teoria é diferente. É difícil entender a lógica dos preços diferenciados de anúncio para o Governo. Por que neste caso é tudo mais caro? Afinal, normalmente, anunciantes com verbas maiores conseguem melhores condições de negociação.
Alguém poderia até levantar a questão da demora em receber o pagamento dos anúncios. Então, não seria melhor realizar um contrato prevendo juros pelos dias em atraso, como ocorre na iniciativa privada? Aqui na Câmara, particularmente, os contratos só são autorizados com empenho prévio, ou seja, com dinheiro destinado ao pagamento. Sendo assim, não é necessário eu ouvir tantos absurdos quando proponho descontos ou melhores negociações para a veiculação dos nossos anúncios.
Parece que o dinheiro público não tem dono, e os critérios são sempre políticos, nunca técnicos. E ainda existem publicações que reinvidicam o “direito” ao anúncio porque têm uma linha editorial favorável aos vereadores.
É preciso ter respeito com a propaganda do governo, tanto na definição dos critérios para veiculação, quanto na escolha da mensagem ideal. Enquanto ficarmos divulgando “macacadas”, clamando pelo “bom senso” dos motoristas ou construindo Jingles melodiosos afirmando que todo mundo está feliz aqui em Goiás, estaremos perdendo a oportunidade de prestarmos contas à sociedade da aplicação dos recursos oriundos dos impostos.
Oxalá chegue logo o tempo em que a propaganda de governo será realizada somente com o trabalho das assessorias de imprensa, com total transparência na divulgação dos atos e prestações de contas. Enquanto este tempo não chega, os veículos, agências e nós, anunciantes do poder público precisamos aprender a lição do professor Conselheiro Jossivani: Marketing de político é atitude.

Artigo publicado no Diário da manhã, dia 08/04/09 : http://www.dm.com.br/materias/show/t/mais_respeito_com_a_propaganda_do_governo